Trechos breves de poetas contemporâneos em língua portuguesa
Ana Martins Marques
“Tudo que não se vê
mas se sente:
o intervalo,
a dobra,
o desvio.”
(do livro “O Livro das Semelhanças”)
Angélica Freitas
“ser mulher é um trabalho ingrato
mas alguém tem que sangrar”
(do livro “Um útero é do tamanho de um punho”)
Mar Becker
“o poema vem
quando estou distraída
como um vento que me penteia”
(do livro “A mulher submersa”)
Valter Hugo Mãe
“sou do tamanho do que sinto,
do que vejo e do que faço,
não do tamanho que me medem.”
(do livro “Contabilidade”)
Adília Lopes
“escrevo como quem usa um avental
porque sei que vou sujar-me”
(poema sem título de sua obra “Obra”)
ChatGPT